Foi com muito prazer que participei da palestra do NEPE em Poços de Caldas, na tarde do ultimo dia 24.11. Pela manhã já houve uma coletiva no hotel, com vários veículos de TV e imprensa. Eu e João Estrella somos amigos de infância (nossas mães estudaram juntas no colégio), de banda (em 1982 -junto com Marcelo Serrado, no Prisma) e de muita amizade durante mais de 30 anos. A vida nos ensinou algumas coisas, devido ao nosso desvio de trajetória, cada um na sua estrada. Ele acabou preso (o resto da história muito bem retratado no filme "Meu nome não é Johnny) e eu parei com alcool/ drogas em 2005. Demos uma reviravolta no que estava desviando totalmente nossa trajetória pessoal, inclusive musical. Eu já havia feito algumas palestras em escolas e faculdades no RJ, por conta da minha exposição e de falar abertamente sobre isso para a sociedade, como forma de ajudar a quem precisasse. João já fez várias palestras (sozinho ou com Guilherme Fiuza - escritor do livro, primo de João e também meu amigo de infância, tendo também sua mãe como amiga de colégio de nossas mães) por conta do filme, de sua história. Não tínhamos ainda feito uma palestra juntos, porque eu estava relutando até que João parasse também com alcool, o que aconteceu recentemente, há uns meses atrás. Por enquanto ele havia parado com drogas, desde o cárcere. Eu achava que pra se fazer uma palestra juntos, deveria haver uma postura total em relação ao que estávamos apresentando como nova forma de vida e nesse tempo não fizemos palestras juntos. De um tempo pra cá essa postura dele mudou por conta própria e me vi empolgado em trocarmos juntos as nossas histórias de vida com a população interessada, história essa que se junta em diversas situações, seja na Bahia (Arraial Dajuda) curtindo férias, levando som, seja no uso de drogas em 88,89,90..,seja na recuperação e na feitura de seu cd solo, onde temos uma parceria juntos e gravei tambem alguns baixos e vocais. O curioso é que a primeira vez que experimentei uma droga mais forte, foi exatamente em Arraial dAjuda, onde faço show nesse próximo reveillon inclusive. Estávamos juntos tocando violão quando experimentei pó pela primeira vez, aos 20 anos de idade. Aquilo me pegou uns anos depois e depois disso foi uma luta pra sair, mas consegui. A palestra portanto teve um caráter emocional bem forte, com momentos engraçados das nossas histórias e momentos não tão bons. Momentos devidamente expostos com sinceridade em cada resposta ás perguntas que eram feita pelos alunos, bem participativos e de uma turma que está começando a trilhar o curso de medicina nessa área específica da dependencia química. Muito interessante. Fomos muito bem recebidos pelo pessoal do NEPE (Carolina, Roberta, Sidney e muitos outros) e á noite ainda nos encontramos todos no meu show (com participação de João) no Pub New York, lotadaço por sinal. Comigo no trio foram Marcelinho da Costa (baterista da carreira solo de Frejat e que faz as vezes comigo no lugar de Kadu Menezes) e Jorge Valladão (dessa vez na guitarra enquanto eu passava pro baixo) . Também toquei guitarra e violão, nas mais de duas horas de show com a galera de Poços de Caldas ensandescida. João cantou duas músicas comigo: Bete Balanço e Adivinha o Quê. Bem bacana. O detalhe no final quando um cara bêbado a pampa veio falar comigo : - Pô, você é o João Lua? Sou seu fã !" . kkkkk - ri pra caramba e apresentei o João pra ele. João Lua!!! rsrsrsr.
Foi demais!! No show, o calor humano da galera que hiper lotou o Pub (todos ingressos vendidos) me deixou elétrico, mas também exausto..rs.
Coloco algumas fotos da empreitada - outras com mais qualidade chegarão em breve, tanto da palestra ,quanto do show.
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